sexta-feira, 18 de junho de 2010

Eu, eu mesmo, agora.

Então, quanto tempo que eu não posto aqui. Durante esse período, me refiro ao primeiro semestre de 2010 quantas coisas me aconteceram. Primeiramente, apesar de não estar totalmente ainda decidida do curso acadêmico que desejo uma formação, me sinto, hoje, feliz cursando letras na UFRPE. Meu terceiro ano foi muito conturbado, exerci sobre mim muita pressão, como se naquele momento eu precisasse tomar uma decisão sobre como seria minha vida. Pois bem, agora vejo que eu tenho mesmo é que tentar, tentar, tentar e tentar. Escolhi o curso de Ciências Políticas para prestar vestibular na Universidade Federal de Pernambuco, não passei. Me senti, no dia e na semana em que foi divulgado o resultado um lixo, foi como se o empenho que eu tive durante os três anos do Ensino Médio tivesse sido em vão. Antes desse resultado sair, eu já tinha passado no curso de Letras na Universidade de Pernambuco, outra universidade pública. Muita indecisão pairava sobre mim, o que não me é estranho nem raro. Gozando da minha rebelião inata, decidi, portanto, cursar direito em uma faculdade particular, percebi, durante cerca de 45 dias que passei no curso, que eu não conseguia aceitar tantas teorias, se elas, na prática, eu sabia que não funcionavam. A disciplina de ciências políticas,( teoria geral do estado) contida no curso de direito, aquela mesma, que eu escolhera como curso na Federal, foi uma das que mais instigaram minhas reflexões, em muitos momentos as aulas me serviam como convite à loucura, loucura mesmo. Eu me sentia um ser desconhecido em um planeta desconhecido, com linguagem desconhecida, mas, que tudo alí me fazia sentido. Em outros momentos da aula, o que eu mais queria era que ela terminasse. Saí da sala muitas vezes, para não escutar o que era dito. Não era fácil para mim, e para os poucos que compreendiam as aulas, quebrar uma ideologia impregnada desde sempre em nossas mentes, e aceitar outras que desconstroem de forma bruta tudo que pensamos, agimos e somos. Larguei direito, eu não gosto do direito, eu não tenho nada direito, eu nem tenho meu direitos! Enfim, agora estou participando do PIBID, na rural, programa de bolsas de iniciação à docência, hoje tivemos a segunda reunião em uma das escolas participantes do programa. Estou seduzida, não pelas teorias e disciplinas do curso, muito menos pelos professores, que, de fato, a maioria é muito qualificada, porém não me causaram grande afeto, mas pelo ambiente escolar, por tudo que a gestora da escola que eu trabalho nos falou hoje. A situação de cada aluno, seja de ignorados e largados pelos pais, seja dos deficientes, marginais, e até os que cumprem pena na escola. Sinto, cada vez mais, que eu tenho muito o que aprender com essas pessoas, é a nossa realidade. Eu gosto de estar perto delas, me sinto bem. Não pude ainda vivenciar, mas pelo que nos foi dito, os professores que lá trabalham, muitos são apaixonadíssimos por tudo que fazem, outros são desiludidos, inconformados com o salário, acabam descontando isto nos alunos, que por sua vez, não são os ''culpados'' por tal situação. Quero me espelhar nos bons exemplos, nos expoentes, nos apaixonados. Quero me apaixonar. Espero poder escrever aqui muitas experiências que passarei. Espero resgatar o fascínio e a facilidade que eu tinha com a escrita, ficou pouco evidênciada em mim nesses últimos meses. Espero a cada dia, me descobri mais e mais ( no bom sentido, claro), quero crescer como humano, como profissional, como cidadã. E se não for isso o guardado e destinado para mim, eu procurarei o meu encaixe, ou mesmo, curso perfeito. Enquanto isso é tentar, tentar, tentar, e estar sempre disposto a vivenciar novas paixões, novos amores. Só. Na verdade, muito mais.

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