sábado, 18 de setembro de 2010

Sabe aqueles dias que você fica tentando terorizar quem realmente é? Pois é, não é nada fácil se descrever quando se pensa que se conhece. Mas eu sou assim, posso não me conhecer, contudo eu sou. Pior seria se eu não fosse. Gosto de fugir por um tempo, de sumir, nem que seja em meus pensamentos. Às vezes eu só estou em matéria, e pode ter certeza, que o lugar que eu não estou, mas que eu queria estar, é mais interessante do que o que eu aparento estar... Sou inteira quando estou com quem eu amo. Falo na cara. Fico estressada fácil. Perco as rédias quando outrém diz o que não cabe, faz o que não diz. Entristeço quando me decepciono, e me decepciono quando entristeço. Sou louca. Louca. Faço as coisas em cima da hora. Falo coisas antes do momento. Jogo tudo pra cima e choro. Choro. Ah, tenho crises existênciais! E nessas crises, eu escrevo melhor, eu penso, e por tanto pensar, vejo o quanto o mundo todo é hostil... e entro em crises existenciais profundas... A melhor coisa é quando eu me encontro em um livro, fico impressionada como alguém que não me conhece consegue compartilhar como eu me sinto, ou como sou, de uma maneira tão ímpar, passo muito tempo lendo uma frase, ou melhor, entendendo. Pulo as páginas que me parecem frívolas. Risco o livro. Me conforto no livro. Tenho dúvidas, sobre tudo. Sobre todos. Demoro pra dormir. Esqueço o que sonho. Sonho acordada quando leio. Leio por isso. Estendo um drama muitas vezes desnecessário. Inteligência me encanta. Criança me encanta. Pessoas me surpreendem. Pessoas me desapontam. Me iludo no começo. Caio na real fácil. Não gosto de nada limitado, nem de gente limitada. Converso sobre tudo. Sem dogmas. Vivo por algum propósito, e é por ter um que continuo viva. Penso muito sobre de onde vim, pra onde vou... coisas que eu nunco encontro respostas... e se encontrasse, qual seria o propósito, e a graça?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pois é

Pois é, não deu
Deixa assim como está sereno
Pois é de Deus
Tudo aquilo que não se pode ver
E ao amanhã a gente não diz
E ao coração que teima em bater
avisa que é de se entregar o viver

Pois é, até
Onde o destino não previu
Sei mas atrás vou até onde eu consegui
Deixa o amanhã e a gente sorri
Que o coração já quer descansar
Clareia minha vida, amor, no olhar

Los Hemanos

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Todos os brasis.

Por falta de tempo e por conta de muitas leituras que foram solicitadas na universidade, não tenho tido muito tempo de escrever alguns bordões aqui, o fim de semana está por vir ( thanks God), e eu ficarei mais um pouquinho aqui no blog. Segue abaixo um texto muito interessante da Martha Medeiros. Espero que gostem e que ele provoque muitos questionamentos e reflexões em todos. Beijos.


Todos os Brasis
 
Martha Medeiros

Pra cada ignorante como o Severino, há um cabra-macho como o Gabeira.

E pra cada Gabeira, que diz as coisas que pensamos, há um sem-número de deputados que falam, falam e só dizem besteira.

Há mulheres lindas neste Brasil, feitas de silicone, e mulheres lindas como Regina Casé, feitas de material mais caro.

Há bom humor no nosso país, e também grosseria travestida de novidade, arrancando um riso deplorável.

Há muita gente que dança, no sentido de se dar mal, e tem a Companhia de Dança Corpo, orgulho nacional.

Tem teatro nas CPIs e teatro para comover. Tem gente se fazendo, e tem gente fazendo o Em Cena.

O Brasil das favelas é o mesmo Brasil de Fernando de Noronha, o Brasil da falta de remédios é o mesmo Brasil do Drauzio Varella, o Brasil do Ariano Suassuna é o mesmo Brasil do Maluf.

Produzimos um Washington Olivetto e um Duda Mendonça no mesmo solo, no mesmo mercado, e Denise Frossard respira o mesmo ar de um Fernandinho Beira-Mar.

O Brasil dos meninos malabaristas em sinais de trânsito é o mesmo Brasil dos meninos que jogam capoeira, o Brasil de Robinho é o Brasil dos Robinhos também nas sinaleiras.

O brasileiro que nunca te estende a mão tem um irmão que te empresta dinheiro. E este um primo que te esfaqueia pelas costas, e este uma namorada que te dá bola. Pra cada lado que você olha, há uma possibilidade de sim e de não.

O Brasil dos Verissimo é o mesmo Brasil dos falsíssimos. O Brasil dos otários é o mesmo Brasil dos casos raros. Lembra do Betinho? Do Décio Freitas? Do Darcy Ribeiro? Procuremos, todos deixam herdeiros.

O Brasil rico de qualidades está dentro deste mesmo Brasil miserável e obscuro. Qual deles comemoro? Um não anula o outro, mas ainda aguardo o tal Brasil do futuro.





domingo, 8 de agosto de 2010

Dia dos Pais

É inevitável, no dia de hoje, lembrar-se do Pai. Não necessariamente do meu pai, mas da paternidade em geral, daqueles que estão presentes, ao lado de seus filhos, que os dão grandes exemplos e servem de referência, seja em matéria, seja em espírito. É um momento em pensar naqueles, também, que, na verdade, nem deveriam ser considerados pais, seja pela ausência, ou seja por outro motivo, ainda que biologicamente o sejam, como qualquer ser masculino do reino animal. Afinal, que pai é esse que abandona seu filho? Que pai é esse que engana, que mente, que diz não ter condições de pagar uma pensão para seu filho ( o que é seu direito)? Ou que pai é esse que acha que exerce sua função apenas por colocar comida em casa? 
Numa definição mais ampla (e superficial) sugerida pelo dicionário, pai é o gerador; genitor; progenitor, mas será mesmo que o papel do pai é apenas, ''gerar''? Hoje é Dia dos Pais, mas não de todos, e sim daqueles que estão presentes, daqueles que estão casados, solteiros, empregados, desempregados, que moram longe, ou que moram no mesmo teto, seja de cabelos brancos ou pretos, de bigode ou não, nada disso importa. Importa que se importe. Não basta ligar algumas vezes na semana, ou dar o dinheiro do lanche, achando que ''está fazendo a sua parte'', é preciso que se envolva, que conheça realmente os seus filhos, quando eles estão felizes ou tristes, seguros ou com algumas incertezas, precisando de ajuda ou totalmente independentes.
Que cobre, se for necessário, e para isso, apesar de falho e humano, como todos somos, se torne um exemplo. Que saiba dar aquelas broncas duras, puxões de orelha, mas que também saiba se desculpar e agradecer. É também necessário que os pais conheçam quando seus filhos atinjam uma maturidade digna de uma confiança mútua, pois essa é a base de um bom relacionamento. Que busque conquistar o carinho... Mais que isso! Que saiba dar seu carinho. Imensuralvelmente.
Parabéns para Aldo, Luiz, Armando, Alberto, Pablo, João, Joaquim, Fernando, Mateus, Antônio, Eduardo, Manuel, José, Gustavo, enfim, para todos os que um dia se tornaram pai, e, desde então, tem sido Pai em todos os momentos.

Cordialmente, Amanda.

sábado, 7 de agosto de 2010

Crime e Castigo

Estou postando hoje aqui um texto de Lya Luft, que foi publicado também na veja, como se sabe, ela é uma das colunistas da revista (e dá conta do recado!), enfim, espero que gostem.

Crime e Castigo


Tomo emprestado o título do romance do russo Dostoiévski, para comentar a multiplicação dos crimes nesta cultura torta, desde os pequenos "crimes" cotidianos – falta de respeito entre pais e filhos, maus-tratos a empregados, comportamento impensável de políticos e líderes, descuido com nossa saúde, segurança, educação – até os verdadeiros crimes: roubos, assaltos, assassinatos, tão incrivelmente banalizados nesta sociedade enferma. A crise de autoridade começa em casa, quando temos medo de dar ordens e limites ou mesmo castigos aos filhos, iludidos por uma série de psicologismos falsos que pululam como receitas de revista ou programa matinal de televisão e que também invadiram parte das escolas. Crianças e adolescentes saudáveis são tratados a mamadeira e cachorro-quente por pais desorientados e receosos de exercer qualquer comando. Jovens infratores são tratados como imbecis, embora espertos, e como inocentes, mesmo que perversos estupradores, frios assassinos, traficantes e ladrões comuns. São encaminhados para os chamados centros de ressocialização, onde nada aprendem de bom, mas muito de ruim, e logo voltam às ruas para continuar seus crimes.

Estamos levando na brincadeira a questão do erro e do castigo, ou do crime e da punição. A banalização da má-educação em casa e na escola, e do crime fora delas, é espantosa e tem consequências dramáticas que hoje não conseguimos mais avaliar. Sem limites em casa e sem punição de crimes fora dela, nada vai melhorar. Antes de mais nada, é dever mudar as leis – e não é possível que não se possa mudar uma lei, duas leis, muitas leis. Hoje, logo, agora! O ensino nas últimas décadas foi piorando, em parte pelo desinteresse dos governos e pelo péssimo incentivo aos professores, que ganham menos do que uma empregada doméstica, em parte como resultado de "diretrizes de ensino" que tornaram tudo confuso, experimental, com alunos servindo de cobaias, professores lotados de teorias (que também não funcionam). Além disso, aqui e ali grupos de ditos mestres passaram a se interessar mais por politicagem e ideologia do que pelo bem dos alunos e da própria classe. Não admira que em alguns lugares o respeito tenha sumido, os alunos considerem com desdém ou indignação a figura do antigo mestre e ainda por cima vivam, em muitas famílias, a dor da falta de pais: em lugar deles, como disse um jovem psicólogo, eles têm em casa um gatão e uma gatinha. Dispensam-se comentários.
Autoridade, onde existe, é considerada atrasada, antiquada e chata. Se nas famílias e escolas isso é um problema, na sociedade, com nossas leis falhas, sem rigor nem coerência, isso se torna uma tragédia. Não me falem em policiais corruptos, pois a maioria imensa deles é honrada, ganha vergonhosamente pouco, arrisca e perde a vida, e pouco ligamos para isso. Eu penso em leis ruins e em prisões lotadas de gente em condições animalescas. Nesta nossa cultura do absurdo, crimes pequenos levam seus autores a passar anos num desses lixões de gente chamados cadeias (muitas vezes sem sequer ter havido ainda julgamento e condenação), enquanto bandidos perigosos entram por uma porta de cadeia e saem pela outra, para voltar a cometer seus crimes, ou gozam na cadeia de um conforto que nem avaliamos.
Precisamos de punições justas, autoridade vigilante, uma reforma geral das leis para impedir perversidade ou leniência, jovens criminosos julgados como criminosos, não como crianças malcriadas. Ensino, educação e justiça tornaram-se tão ruins, tudo isso agravado pelo delírio das drogas fomentado por traficantes ou por irresponsáveis que as usam como diversão ou alívio momentâneo, que passamos a aceitar tudo como normal: "É assim mesmo". Muito crime, pouco castigo, castigo excessivo ou brando demais, leis antiquadas ou insuficientes, e chegamos aonde chegamos: os cidadãos reféns dentro de casa ou ratos assustados nas ruas, a bandidagem no controle; pais com medo dos filhos, professores insultados pela meninada sem educação. Seria de rir, se não fosse de chorar.


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Eleições 2010

Desde que se oficializou a internet como mais um canal legítimo a ser utilizado em campanhas políticas de qualquer natureza, muito se comenta sobre a força das redes sociais e do ambiente online como um todo no processo eleitoral brasileiro. No primeiro debate entre presidenciáveis realizado diante dessa realidade de conexão da sociedade brasileira ficou clara a razão pela qual todos os candidatos correram atrás de profissionais aptos a regerem suas presenças no universo digital.
Veiculado pela TV Bandeirantes na noite desta quinta-feira, 5, o primeiro debate que antecede o pleito de outubro foi acompanhado de perto pelos internautas de plantão e monitorado em tempo real pela consultoria iGroup em parceria com o M&M Online. Com mais de 30 mil ocorrências analisadas nas duas horas de discussão entre os candidatos, o levantamento mostrou que, na rede, Marina Silva se sai melhor do que seus concorrentes.
Elogiada por atributos como serenidade e coerência, a candidata pelo Partido Verde – cuja equipe levou ao estúdio um iPad por meio do qual eram informados do que acontecia na internet – saiu vencedora na opinião dos internautas que assistiram e comentaram todos os blocos do debate. Em uma equação que divide a quantidade de menções positivas de cada candidato pelo número total de comentários sobre todos os sabatinados, Marina contabilizou 26,92% de aprovação.
Graças ao seu jeito irreverente e agressivo, Plínio de Arruda Sampaio, candidato pelo PSOL, também provocou uma série de comentários – muito por conta de suas provocações e ironias – e, por essa mesma fórmula, ostentou 14,17% de aprovação.
Já no esperado enfrentamento entre Dilma Rousseff e José Serra, o tucano levou ligeira vantagem sobre a petista que, muito criticada por sua falta de desenvoltura e firmeza, foi a que pior se saiu se consideradas as colocações feitas pelos internautas ativos nas redes sociais com 10,63% de aprovação. Serra registrou 12,04% e acabou bastante “atacado” no final por dar um tom excessivamente emocional ao seu discurso de encerramento. Na saída do debate, o candidato pelo PSDB afirmou que não acompanhou seu desempenho na internet em tempo real e que, ao chegar em casa, limitaria-se a tuitar suas impressões sem ler o que foi publicado durante o encontro.
Assuntos mais repercutidos
Além das críticas aos trajes, cabelos e maquiagem dos presidenciáveis, os momentos que geraram mais buzz nas redes sociais foram protagonizados justamente pelos dois principais concorrentes ao cargo de presidente da República.
Dilma Rousseff se saiu bem quando respondeu às insistentes perguntas de José Serra sobre a extinção dos mutirões da saúde pelo governo atual. Já o tucano ganhou a simpatia dos internautas ao falar sobre o programa da Nota Fiscal Paulista e sobre recolocar os Correios na posição de uma empresa estatal ideal e livre de conflito de interesses.

Aos poucos, as máscaras começarão a cair...

''Irmã'' Dilma Rousseff.

Em época de eleição, vale tudo. Vale se fazer de diabo nos lugares infernais — o que é moleza para muitos. E vale se fazer de anjo nas igrejas — o que é muito difícil para os políticos infernais, mas nada que uma boa maquiagem e encenação teatral não ajudem. De olho nos 34 milhões de votos evangélicos, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, esteve numa grande igreja Assembleia de Deus e firmou compromisso de não propor temas como o aborto e a união homossexual, considerados polêmicos pelos evangélicos, se chegar à presidência.
Lula fez a mesmíssima promessa em 2002. E agora?
Agora a missão do Bispo Manoel Ferreira, líder supremo da segunda maior denominação assembleiana do Brasil, é tentar aglutinar e unir o maior número possível de igrejas evangélicas.
Uma multidão de 2.000 homens, mulheres e crianças de denominações como a Assembleia de Deus, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Igreja Universal do Reino de Deus e de outras 13 igrejas evangélicas se reuniram, em Brasília, para encontro promovido pelo Bispo Manoel Ferreira, Bispo Robson Rodovalho e Senador Marcelo Crivella.
Pastores regionais da Assembleia de Deus da Madureira fizeram presença no encontro, movidos pela truculência denominacional de Ferreira, que cuspiria fogo e enxofre se eles faltassem.
Com exceção dos pastores e bispos, que conheciam de antemão a finalidade do evento, o público evangélico foi levado, de Bíblia na mão, de ônibus fretado grátis, de diversas regiões ao redor de Brasília, sem saber exatamente o que era o encontro. De acordo com testemunho pessoal fornecido ao Blog Julio Severo, eles achavam que ouviriam um grande pregador.
Entretanto, em vez de pregador, eles acabaram ouvindo a “pregação” da Dilma, que estava com o deputado Benedito Domingos (PP), citado do escândalo do mensalão do Distrito Federal. O evento ocorreu no principal templo da Assembleia de Deus de Brasília, na Asa Sul, no sábado passado.
Ali, Bispo Manoel Ferreira e Bispo Robson Rodovalho anunciaram oficialmente seu apoio a Dilma, porque ela se comprometeu a recuar em alguns pontos do PNDH-3.
O público estava desconfiado e apático, mas Ferreira assegurou que Dilma é digna do voto evangélico, alegando que ela havia sido uma das responsáveis pela mudança em 2003 no artigo do Código Civil que colocava em risco as igrejas.

Contudo, a memória de Ferreira parece andar fraca. Em 2003 Dilma era apenas a ministra de Minas e Energia e não tinha nada a ver com o Código Civil. Quem fez a mudança foi a Bancada Evangélica.
No evento realizado no templo da Assembleia de Deus, Dilma citou o capítulo da Bíblia que trata do milagre da multiplicação dos pães. Ela disse que quer fazer pelo Brasil a mesma coisa que Jesus Cristo fez. “Quero uma sociedade em que o princípio da distribuição e multiplicação seja base no sentido mais profundo. Eu sou a favor da vida”, pregou ela.
Mesmo sendo a favor do aborto e do homossexualismo, ela se considera a favor da vida e da família. Como se isso não fosse absurdo suficiente, Lula declarou recentemente que Dilma é igual a Jesus Cristo. Tomando literalmente essas palavras elogiosas de Lula, no evento assembleiano Dilma também citou João 10:10, que diz que Jesus Cristo veio que todos tenham vida e vida em abundância.
Como agora ela é igual a Jesus, se ganhar para presidente ela espera imitar o Mestre e “dar vida e vida em abundância”? Para alguém que fazia parte de um grupo terrorista comunista que matava, roubava e torturava, Dilma pensa que abundância de propaganda enganosa joga para debaixo do tapete seu passado sombrio e criminoso.
Ela terminou sua pregação citando Salomão. Depois disse “Paz seja convosco”, acenou, sorriu e saiu. Espero, de coração, que ninguém tenha dito ''Amém''.

Los Hermanos em Recife.

Acho que essa foi a melhor notícia do ano que os fãs Los Hermanos tiveram, principalmente os que moram no Nordeste. O ex-grupo fará uma mini turnê, nos seguintes destinos: Recife, Fortaleza e Salvador. O show do Recife será dia 15 de outubro no Cabanga Iate Clube, que com certeza, estará lotado para receber, com muita saudade e emoção, uma das melhores bandas do Brasil.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Uma pequenina e lindíssima cidade, Canela- RS.

Impressões

Tive dias ótimos, viajei, me diverti, respirei por entre outros ares. Bom saber que dentro de nós existe sempre a possibilidade e a força para um recomeço, e que este seja muito próspero, em todos os âmbitos. Me encantei com Gramado e Canela no Rio Grande do Sul, parecia estar, durante muitos minutos, em outro país, me surpreendi quando fui atravessar a rua e o condutor, ao ver minha intenção, parou para que eu pudesse passar. Olha, só, que beleza! Sonho meu! Sonho meu, que aqui fosse assim. Bons exemplos assim também devem ser dados, e serem servidos como parâmetros para que, aos poucos, todo o país se contamine com esses pequenos gestos que evitam tantos desgastes, tanto físicos quanto emocionais. Pude ver também, em uma esfera de menos cem quilômetros, Porto Alegre, uma cidade que me pareceu triste, melancólica, descuidada, onde ''com licença e obrigado'' estão em extinção no vocabulário de parcela significativa da população. É sempre o tal paradoxo, que tanto se ouve falar e se vive, em cada um de nós, em cada ato, em cada lugar. Mais impressões tive durante essa viagem, comentarei, aqui, depois..

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Férias.

Depois de um semestre muito movimentado e desafiador, finalmente, estou de férias. Preciso mesmo desse tempo, para reorganizar as idéias, conhecer lugares, conhecer pessoas e conhecer sensações. Amanhã viajarei pra o sul do país, se for possível, postarei impressões e experiências aqui. Estou muito feliz. Isso basta.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Deixa estar?

Eu preferiria acreditar que não havia acontecido nada, que estávamos bem e  fingindo não observar tantas coisas que estavam fora do lugar. Por tanto tempo guardei aquelas palavras que foram ditas, não queria mexer no que estava, pelo menos de longe, apaziguado. Realmente gosto do mais fácil, do que é menos trabalhoso, do que não me causa sofrimentos emocionais, percebi, portanto, que não poderia continuar daquele modo, não queria magoar ninguém, muito menos me magoar, mas isso foi impossível naquele momento... Se falei, foi porque era o momento certo, talvez esteja no tempo de pararmos e pensarmos, se tudo mesmo vale a pena.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Encontros e despedidas

E quando a gente percebe, tudo passou tão rápido. O cabelo mudou, o esterótipo assumiu outra postura, o rosto agora se parece mais maduro e já começam a aparecer certos jargões... entre conversas e mais conversas, lembramos dos momentos tão felizes que passamos juntos, daquelas situações também de desgastes físicos e emocionais, de como nos combramos e fomos cobrados, não nos esquecemos, também, daquelas intrigas indispensáveis por coisas tão banais. Ah, gostávamos tanto de não ter com o que se preocupar, de não ter tantas responsabilidades e de estar mais tempos juntos. É, e quando voltamos a nos encontrar, mesmo depois de tanto tempo, com tantas mudanças, tantas outras pessoas que apareceram em nossas vidas, percebemos que o sorriso ainda é o mesmo, não somente o sorriso, mas também os motivos que nos fazem sorrir, e aos poucos, nossa intimidade vai voltando, voltando não seria a melhor palavra, porque sabemos que ela nunca se foi, mas vamos nos encontrando, sentindo a malemolência que foi necessário deixar de lado durante esse tempo. Sabemos que vai ser assim, cada um em seu caminho, seguindo sua sina, mas quando os nossos olhos resolverem se encontrar, tudo voltará ao normal, pelo menos para nós, o normal é o imprescindível, é essencial.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Desabafo

Hoje o dia foi tenso, prefiro ''desabafar'' aqui à utlizar de palavras e gestos pra proliferar o que sinto. Fico triste em saber que pessoas específicas não dêem tanto valor às coisas mais importantes, pra mim, pelo menos, palavra, respeito e bom-humor são fatores capazes de manter uma boa relãção entre os que se dizem amigos. Quando me refiro à palavra, é dizê-la e cumprí-la. Meus amigos, como pode uma pessoa querer ser melhor do que outras dispondo das mesmas ferramentas físicas e psíquicas? Acho que se deve ser, ao menos, tolerante, porque todos têm idéias, e precisam ser respeitadas, a maneira de falar, de ouvir de agir determina que realmente você é. E com o tempo nós aprendemos, quem realmente é quem, e chegamos a conclusões, porque ser é mais importante do que querer ser. Sem mais.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saudade.

Tem dias que a saudade toma conta de mim. Saudade dos meus amigos, que há muito tempo não vejo, dos momentos tão bons, e pasmem, até dos ruins, hoje eu tenho certeza que serviram-me de boas experiências. Saudade dos lugares que fui, dos que eu planejei voltar, dos que eu disse que nunca mais voltariam. Saudade do amor, que sentia e do que por mim foi sentido, saudade até das brigas, porque as reconciliações que vinham depois já eram um dos motivos para a discussão. Saudade dos momentos que, por vontade, ficava afastada olhando todos, tudo, saudades daqueles também que eu não queria pensar em nada, em ninguém. Saudade dos meus momentos de crises existências, que não são tão mais frequentes como antes era. Saudade de escutar todos os problemas de outrém, quando dava conselho, e daqueles que apenas fiquei junto, calada, e concordei com tudo, me arrisquei, mesmo sabendo que estava fazendo o errado, mas fazer o outro bem me fazia bem também. Saudade da risada, da minha, da dele, das nossas. Saudades de não ter medo de nada. De nada. Mesmo que isso resultasse numa loucura, o que aconteceu, e sinto, ainda, saudade. Saudade dos momentos que nunca existiram, e estes, doem bastante. Não, não me arrependo, às vezes sinto falta, mas o predomina mesmo, é a saudade.

Eu, eu mesmo, agora.

Então, quanto tempo que eu não posto aqui. Durante esse período, me refiro ao primeiro semestre de 2010 quantas coisas me aconteceram. Primeiramente, apesar de não estar totalmente ainda decidida do curso acadêmico que desejo uma formação, me sinto, hoje, feliz cursando letras na UFRPE. Meu terceiro ano foi muito conturbado, exerci sobre mim muita pressão, como se naquele momento eu precisasse tomar uma decisão sobre como seria minha vida. Pois bem, agora vejo que eu tenho mesmo é que tentar, tentar, tentar e tentar. Escolhi o curso de Ciências Políticas para prestar vestibular na Universidade Federal de Pernambuco, não passei. Me senti, no dia e na semana em que foi divulgado o resultado um lixo, foi como se o empenho que eu tive durante os três anos do Ensino Médio tivesse sido em vão. Antes desse resultado sair, eu já tinha passado no curso de Letras na Universidade de Pernambuco, outra universidade pública. Muita indecisão pairava sobre mim, o que não me é estranho nem raro. Gozando da minha rebelião inata, decidi, portanto, cursar direito em uma faculdade particular, percebi, durante cerca de 45 dias que passei no curso, que eu não conseguia aceitar tantas teorias, se elas, na prática, eu sabia que não funcionavam. A disciplina de ciências políticas,( teoria geral do estado) contida no curso de direito, aquela mesma, que eu escolhera como curso na Federal, foi uma das que mais instigaram minhas reflexões, em muitos momentos as aulas me serviam como convite à loucura, loucura mesmo. Eu me sentia um ser desconhecido em um planeta desconhecido, com linguagem desconhecida, mas, que tudo alí me fazia sentido. Em outros momentos da aula, o que eu mais queria era que ela terminasse. Saí da sala muitas vezes, para não escutar o que era dito. Não era fácil para mim, e para os poucos que compreendiam as aulas, quebrar uma ideologia impregnada desde sempre em nossas mentes, e aceitar outras que desconstroem de forma bruta tudo que pensamos, agimos e somos. Larguei direito, eu não gosto do direito, eu não tenho nada direito, eu nem tenho meu direitos! Enfim, agora estou participando do PIBID, na rural, programa de bolsas de iniciação à docência, hoje tivemos a segunda reunião em uma das escolas participantes do programa. Estou seduzida, não pelas teorias e disciplinas do curso, muito menos pelos professores, que, de fato, a maioria é muito qualificada, porém não me causaram grande afeto, mas pelo ambiente escolar, por tudo que a gestora da escola que eu trabalho nos falou hoje. A situação de cada aluno, seja de ignorados e largados pelos pais, seja dos deficientes, marginais, e até os que cumprem pena na escola. Sinto, cada vez mais, que eu tenho muito o que aprender com essas pessoas, é a nossa realidade. Eu gosto de estar perto delas, me sinto bem. Não pude ainda vivenciar, mas pelo que nos foi dito, os professores que lá trabalham, muitos são apaixonadíssimos por tudo que fazem, outros são desiludidos, inconformados com o salário, acabam descontando isto nos alunos, que por sua vez, não são os ''culpados'' por tal situação. Quero me espelhar nos bons exemplos, nos expoentes, nos apaixonados. Quero me apaixonar. Espero poder escrever aqui muitas experiências que passarei. Espero resgatar o fascínio e a facilidade que eu tinha com a escrita, ficou pouco evidênciada em mim nesses últimos meses. Espero a cada dia, me descobri mais e mais ( no bom sentido, claro), quero crescer como humano, como profissional, como cidadã. E se não for isso o guardado e destinado para mim, eu procurarei o meu encaixe, ou mesmo, curso perfeito. Enquanto isso é tentar, tentar, tentar, e estar sempre disposto a vivenciar novas paixões, novos amores. Só. Na verdade, muito mais.

domingo, 28 de março de 2010

Depois de um tempo.

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoa-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distancias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, perceber que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa – por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nos somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.



Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida”.
                                                WILLIAM SHAKESPEARE

sábado, 27 de março de 2010

Além do que se vê

                       Além do que se vê.

É necessário estar sempre embriagado

É necessário estar sempre embriagado. Tudo está aí: é a única questão. Para
não se sentir o horrível fardo do Tempo que quebranta os vossos ombros e vos
curva em direcção à terra, deveis vos embriagar sem trégua. Mas de quê? De
vinho, de poesia ou de virtude, como quiserdes. Mas embriagai-vos.
CHARLES BAUDELAIRE