Por falta de tempo e por conta de muitas leituras que foram solicitadas na universidade, não tenho tido muito tempo de escrever alguns bordões aqui, o fim de semana está por vir ( thanks God), e eu ficarei mais um pouquinho aqui no blog. Segue abaixo um texto muito interessante da Martha Medeiros. Espero que gostem e que ele provoque muitos questionamentos e reflexões em todos. Beijos.
Todos os Brasis
Martha Medeiros
Pra cada ignorante como o Severino, há um cabra-macho como o Gabeira.
E pra cada Gabeira, que diz as coisas que pensamos, há um sem-número de deputados que falam, falam e só dizem besteira.
Há mulheres lindas neste Brasil, feitas de silicone, e mulheres lindas como Regina Casé, feitas de material mais caro.
Há bom humor no nosso país, e também grosseria travestida de novidade, arrancando um riso deplorável.
Há muita gente que dança, no sentido de se dar mal, e tem a Companhia de Dança Corpo, orgulho nacional.
Tem teatro nas CPIs e teatro para comover. Tem gente se fazendo, e tem gente fazendo o Em Cena.
O Brasil das favelas é o mesmo Brasil de Fernando de Noronha, o Brasil da falta de remédios é o mesmo Brasil do Drauzio Varella, o Brasil do Ariano Suassuna é o mesmo Brasil do Maluf.
Produzimos um Washington Olivetto e um Duda Mendonça no mesmo solo, no mesmo mercado, e Denise Frossard respira o mesmo ar de um Fernandinho Beira-Mar.
O Brasil dos meninos malabaristas em sinais de trânsito é o mesmo Brasil dos meninos que jogam capoeira, o Brasil de Robinho é o Brasil dos Robinhos também nas sinaleiras.
O brasileiro que nunca te estende a mão tem um irmão que te empresta dinheiro. E este um primo que te esfaqueia pelas costas, e este uma namorada que te dá bola. Pra cada lado que você olha, há uma possibilidade de sim e de não.
O Brasil dos Verissimo é o mesmo Brasil dos falsíssimos. O Brasil dos otários é o mesmo Brasil dos casos raros. Lembra do Betinho? Do Décio Freitas? Do Darcy Ribeiro? Procuremos, todos deixam herdeiros.
O Brasil rico de qualidades está dentro deste mesmo Brasil miserável e obscuro. Qual deles comemoro? Um não anula o outro, mas ainda aguardo o tal Brasil do futuro.
E pra cada Gabeira, que diz as coisas que pensamos, há um sem-número de deputados que falam, falam e só dizem besteira.
Há mulheres lindas neste Brasil, feitas de silicone, e mulheres lindas como Regina Casé, feitas de material mais caro.
Há bom humor no nosso país, e também grosseria travestida de novidade, arrancando um riso deplorável.
Há muita gente que dança, no sentido de se dar mal, e tem a Companhia de Dança Corpo, orgulho nacional.
Tem teatro nas CPIs e teatro para comover. Tem gente se fazendo, e tem gente fazendo o Em Cena.
O Brasil das favelas é o mesmo Brasil de Fernando de Noronha, o Brasil da falta de remédios é o mesmo Brasil do Drauzio Varella, o Brasil do Ariano Suassuna é o mesmo Brasil do Maluf.
Produzimos um Washington Olivetto e um Duda Mendonça no mesmo solo, no mesmo mercado, e Denise Frossard respira o mesmo ar de um Fernandinho Beira-Mar.
O Brasil dos meninos malabaristas em sinais de trânsito é o mesmo Brasil dos meninos que jogam capoeira, o Brasil de Robinho é o Brasil dos Robinhos também nas sinaleiras.
O brasileiro que nunca te estende a mão tem um irmão que te empresta dinheiro. E este um primo que te esfaqueia pelas costas, e este uma namorada que te dá bola. Pra cada lado que você olha, há uma possibilidade de sim e de não.
O Brasil dos Verissimo é o mesmo Brasil dos falsíssimos. O Brasil dos otários é o mesmo Brasil dos casos raros. Lembra do Betinho? Do Décio Freitas? Do Darcy Ribeiro? Procuremos, todos deixam herdeiros.
O Brasil rico de qualidades está dentro deste mesmo Brasil miserável e obscuro. Qual deles comemoro? Um não anula o outro, mas ainda aguardo o tal Brasil do futuro.